quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

99 vs 117

Este ano, com este post, contabilizo 99 entradas. O ano transacto levou com 117 entradas, mais oito que este ano. Se compararmos o número de comentários, aí a distância será maior. Espero que não seja sinal de que as minhas histórias têm perdido interesse...

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

A minha fama já chegou a Lisboa?

Este é o tipo de publicidade que têm o seu quê de parvo.

Mas por outro lado, faz-me pensar.. será que é verdade?

Vá, vocemecês todos que foram trabalhar para Lisboa... pronunciem-se e aproveitem a deixa para me insultar.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Hipocrisia Ferial, ou Distracção para o Zé Povinho?

É provável que achem que este post se pode justificar pelo facto de eu ser Católico. Não me parece que seja esse o problema, até porque trabalho mais na preparação do coro paroquial para participarem nas Eucaristias dos feriados do que durante uma semana normal.

Mas a verdade é sinto que esta história da diminuição dos feriados no calendário Português não é mais do que uma hipocrisia mal fundada, ou mesmo, como dizia um bispo em relação ao casamento gay, uma fonte de distracção para o Zé Povinho não reparar na falta de governação desde as últimas eleições.

Ora vejamos, dizem que a diminuição de feriados aumenta a produtividade e diminui o desemprego. Embora possa concordar em relação ao primeiro ponto, discordo totalmente em relação ao segundo. Acho é que o aumento do período de férias poderiam aumentar o emprego (embora aumentasse o peso dos ordenados às empresas). Mas isto é outra história.

Estávamos a falar da diminuição de feriados. Evidentemente que se quer remover os feriados Católicos e não os institucionais ou patrióticos. Compreendo, e não discuto. O que discuto é que se queiram diminuir o número de feriados e, ao mesmo tempo, se criem tolerâncias de ponto (que em Portugal correspondem a dia de folga, e não a tolerância de ponto, que significa trabalhar com alguma flexibilidade de horário), se criem "pontes", e ainda não tenham conseguido terminar com o dia de Carnaval, que teoricamente já não é feriado, mas continua a ser.

Ou seja, se considerarem o Carnaval e as tolerâncias de ponto do dia 24 e 31 de Dezembro, e a habitual antes da Páscoa (ou depois, dependendo da empresa), são 4 dias que se perdem. E estes dias perdem-se por iniciativa de quem? Não, não por causa de feriados. Mas porque o Governo nos dá os dias para gozar.

É por isto que não percebo toda esta discussão à volta dos feriados. Se não é hipocrisia, é areia a ser atirada para os olhos do Zé Povinho, que assim se preocupa com a perda de uns dias de férias, e não repara em tudo o resto que se passa no país.

(NOTA: estejam à vontade para comentar com os vossos pontos de vista. No entanto reservo o direito a admissão em relação a comentários que faltem ao respeito a quem quer que seja)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Astérix e Obélix de Ouro

Sou fã incondicional do Astérix e Obélix. Acho que tenho quase todos os livros da colecção, faltando-me apenas os mais recentes, escritos na totalidade pelo Alberto Uderzo. Não quero ser tão cáustico como muitos, que diziam e continuam a dizer que o Uderzo não se devia ter aventurado a escrever livros sozinho. Embora reconheça que as histórias mais recentes tenham perdido alguma da sua qualidade e vivacidade original, continuam de leitura agradável, respeitando a memória do René.

Infelizmente fiquei desiludido com este último volume. Se tivesse lido alguns dos anteriores, também recentes, talvez já estivesse a contar. Mas a verdade é que esta última aventura (aventura? nem sequer foi preciso poção mágica) reúne personagens de várias outras aventuras, tendo como elo de ligação o aniversário de Astérix e Obélix, não tendo uma história rica. Apenas um conjunto de recortes referentes a vários outros livros.

Existem várias ideias que, sendo exploradas, podiam fazer deste livro bem mais interessante. Por exemplo, a ideia inicial, em que Astérix e Obélix surgem com 50 anos em cima, podia ter sido mantida por mais algumas páginas.

Finalmente, fica o meu desagrado por o livro não terminar como de costume, com o habitual banquete Gaulês.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Inconsistências

Não percebo esta falta de consistência, ainda para mais de um formulário usado há anos nas mais diversas cidades do norte de Portugal. Como raio querem que se coloque o ticket no interior do veículo de forma a que se veja a data e hora de estacionamento, se o ticket só indica a data e hora até quando o estacionamento é válido? Que, note-se, não é necessariamente o mesmo dia do estacionamento.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Prenda + Homem = Vinho

Não sei de onde surgiu esta ideia fixa de que uma prenda para um homem é, sempre, vinho! Se é para uma senhora, uns chocolates ou bombons. Se é para um homem, vinho, claro! Agora, pergunto-me, se me ofereceram duas garrafas de vinho, e eu não bebo, o que faço eu com elas? (não, oferecer-vos não é uma opção!)

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Lingua vs Literatura Portuguesa

Não era para escrever sobre este assunto já hoje, mas este cartoon do Bartoon acaba por focar um aspecto relevante ao que aqui vou escrever.

Não sei se se lembram das aulas de Português quando andavam no ensino básico ou secundário. No meu caso lembro-me de estudar vários livros, desde os Lusíadas até à Sibila, passando por poemas vários. Lembro-me de que se passavam as aulas a analisar estes textos, tentando-os compreender.

Podia aqui discutir se estas leituras obrigatórias são ou não relevantes, mas para isso a minha última entrada neste blogue é capaz de demonstrar a minha falta de confiança em relação à sua escolha.

Mas o que me preocupa, é que nas aulas de Português o que os meus professores me ensinaram foi Literatura Portuguesa, e não Língua Portuguesa. Não é culpa dos professores. A verdade é que são coisas distintas e que deviam ser ensinadas em disciplinas igualmente distintas. Os alunos com interesses humanísticos passariam por disciplinas da língua Portuguesa e por disciplinas de literatura Portuguesa. Os alunos de ciências, passariam por disciplinas de língua Portuguesa. Já é assim que se faz noutros países, como Espanha.

Tomando esta decisão, concordaria que todos os alunos com interesses em ingressar na Universidade tivessem de realizar uma prova de Língua Portuguesa. Ao contrário do estado actual, em que os alunos sabem escrever mal e porcamente e, só com muita sorte, conseguiriam realizar as provas para aquisição da nacionalidade.

Caríssima Ministra da Educação, fica aqui uma opinião de alguém que não é professor de línguas, mas que se preocupa com a iliteracia em Portugal!

Leitura Obrigatória no Ensino do Português

Outro dia encontrei um volume desta colecção, que foi vendida junto com o Expresso, à venda de modo independente. Era a "História Tragico-Marítima", sobre a qual tinha alguma curiosidade. Dado o seu baixo preço (um euro, se não me engano) comprei-o logo.

Este livro é uma edição da Editora Sá da Costa, com adaptação de António Sérgio. Na contracapa do livro pode-se ler: "Colecção clássicos da humanidade. Obras célebres da literatura universal ao alcance de todos adaptadas ao ensino. Leitura obrigatória". Quando li isto já era tarde, já o tinha comprado. Gostava de ler o livro sem qualquer adaptação. Em todo o caso, comecei a ler.

Comecei a ler e a deparar-me com algumas formas estranhas de construção frásica. Pensei que fosse uma questão estilística. Mas ontem deparei-me com um erro que só demonstra a falta de responsabilidade de quem coloca estes livros à venda, ainda para mais, associando-os à leitura obrigatória.

Reparem nesta frase:
A maior parte partiram para Sena, no domingo 16 de Novembro, ficando com os que não foram Manuel Brochado, o qual os 1evaria consigo para Sena, donde todos seguiram, depois, em direcção de Quelimane e de Moçambique.
Não, não fui eu que me enganei. Usaram mesmo um 1 em vez de um l. Mas não é isso que me assusta, que é apenas um erro tipográfico. O que me preocupa é a falta de concordância de número da frase: a maior parte partiram... infelizmente este é um erro cada vez mais típico na televisão. Mas adaptá-lo ao ensino obrigatório é um crime.

Outro exemplo de frases mal formadas:
Vinda a roupa, mandou por eles,--que chegaram a Luabo a 22 de Setembro, alegres de se verem livres, na companhia de compatriotas seus.
Ora, mandou por eles o quê? Se foi a roupa, não se deveria usar a forma reflexiva? Vinda a roupa, mandou-a por eles...

A verdade é que só li um quarto do livro e já desisti de continuar a ler.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Hensino Ubrigatório

O ensino obrigatório em Portugal e o facilitismo que tem vindo a ser introduzido nos vários níveis de ensino (está a chegar ao ensino superior) está a colocar diplomas nas mãos de iletrados ignorantes.

Um exemplo disso é esta mensagem que recebi de um aluno, no primeiro ano de uma licenciatura:
Eu durante a semana nao havisei nada por esquecimento. Nao vai ser preciso buleia.
Em breve também pretendo apresentar aqui um pensamento sobre o ensino da língua portuguesa em Portugal, mas fica para outro dia...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Se beber, nao conduza...

Antes de mais, peço desculpa pela falta de acentuação deste post, mas parece que o Moblin 2.1 nao suporta deadkeys. Com tempo pode ser que venha a tentar descobrir porque, mas a esta hora da noite vou limitar-me ao conteúdo pratico deste post. (fiz uma pós edição para adicionar os acentos, no entanto mantive este parágrafo por uma questão histórica)

Ia começar logo pela historia de hoje, mas antes disso devo confessar que nunca achei piada à célebre frase, se conduzir, não beba. Acho que se passa ao contrário. Se beber, chame um táxi, e não conduza.

Pois, mas por que estou eu a escrever um post a estas horas, quando devia estar na cama? Bem, porque estou na cama. Acabei de chegar de um jantar e tive o privilégio (será privilégio?) de conduzir atrás de um automóvel que estava a ser conduzido (conduzido não será bem a palavra certa neste contexto...) por alguém visivelmente embriagado. Não sei se era homem ou mulher, pelo que me vou limitar a usar o masculino, de condutor. Este magnifico condutor tanto conseguia circular ao centro, como na via esquerda, na direita, e por pouco não demonstrou como se conduz sobre um muro de betão. Felizmente, ia devagar. Não que isto resolva muito quando se vai na faixa contrária, sujeito a um embate frontal, sabe-se lá a que velocidade. Mas pelo menos se batesse contra o muro de betão, ele pouco ia sofrer (acho que também não sofria muito se fosse a alta velocidade), e o veículo só iria ficar com alguns arranhões.

Ora, o que se faz quando se circula atrás de tal perito da condução? Mantém-se uma distância razoável de segurança, para que se possa parar em caso de embate. Ultrapassar só pode ser uma opção se a estrada for visivelmente larga, e se o dito condutor estiver na fase de se aproximar do muro... e mesmo assim, não é seguro.

Felizmente não demorou muito a desviar e sair da estrada por onde eu circulava.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

2GNR ou Xutos+Clássica...não?

Não me lembro se cheguei a comentar neste blogue (no meu outro, sim), mas ando há algum tempo a ouvir no carro Within Temptation no seu concerto ao vivo Black Symphony, com a Orquestra Metropolitana de Londres (espero não estar enganado, estou a falar de cor...).

Ora, em Portugal temos dois grupos de Rock, GNR e Xutos & Pontapés. Não sei de nenhuma iniciativa semelhante, à parte do concerto GNR+GNR (ver poster, acima). Infelizmente, nem sequer disponível como CD está. Não faço ideia porquê...

Mas pronto, fica aqui o pedido à EMI, por favor, ponham este concerto disponível para compra. E fica a dica, Xutos, comemorar 30 anos é com uma orquestra clássica!!